Estou no mundo corporativo oficialmente há 21 anos e na igreja por volta de 20 anos, portanto considero honestamente uma boa experiência em ambos para os comparativos que se seguem.
Frequento, por assim dizer, o mundo corporativo porque tenho necessidades financeiras a cumprir e porque gosto muito do aprendizado tanto técnico quanto a vivência que ele me proporciona.
Frequento a igreja porque sinto a imensa necessidade de estar em comunhão com meus semelhantes e evoluir como ser humano.
Não pretendo entrar em pormenores teológicos aqui, para isso tenho meu blog dedicado.
Amo aquilo que leio e reflito por lá, e para cumprir uma das missões que é ser benção inclusive dentro do mundo corporativo.
Na igreja aprendi a dar aulas, mesmo antes de ganhar dinheiro com aulas no mundo corporativo na maior parte da minha carreira.
A diferença é que na igreja eu fazia e ainda faço por puro amor e voluntariamente. Bem depois que eu curiosamente percebi que os “soft skills” aprendidos são semelhantes, aí arrisquei dar aulas no mundo corporativo e não é que deu certo?
Na igreja aprendi a olhar nos olhos das pessoas e realmente ouvir mais do que falar, pois diz o provérbio “O tolo não toma prazer no conhecimento, mas sim em apenas demonstrar sua opinião”, claro que há exceções lá também, entretanto no mercado corporativo aprendi que muita gente esta mais preocupada em apenas mostrar sua opinião e pouco ouvir, salvo algumas excessões.
No mundo corporativo, em especial em sua rede dedicada, o LinkedIn, percebo que a aparência de algo vale mais que o conteúdo. Tipo power point caprichado, mas com conteúdo pífio nas reuniões, sabe?
Ouso dizer que que postagens bobinhas como: ”coloque joinha se começou a trabalhar antes dos anos 80 e palminhas se foi depois” , tem milhares de vezes mais engajamento do que artigos de reflexões e opiniões.
Não, igreja não é mil maravilhas. São poucas realmente preocupadas em fazer sua missão. Muitas infelizmente se misturaram com o corporativismo no mal sentido, se misturaram com poder político e ganância financeira e perderam em muito a sua essência, não fecho os olhos para isso, luto contra e lamento que seja a posição que mais aparece na mídia.
Mas uma igreja honesta e sincera é um lugar onde o executivo e o faxineiro dividem o mesmo banco. Igreja é um local que surpreende por as vezes um homem ou mulher muito simples na formação, fazer discursos com o coração tão honesto e aberto que fazem qualquer doutor presente chorar de emoção e admirar a experiência de vida.
Curiosamente, apesar do senso comum dizer o contrário, a palavra “Igreja” de origem grega, nunca significou, construção, templo e nem prédio, mas significa quase ao pé da letra “reunião de pessoas”.
E é essa igreja, muitas vezes criticada que vai onde o poder público não alcança em suas ações sociais.
Sou grato a igreja (sem mencionar qualquer denominação específica) por muito do que evolui na vida. 🙏🏻
Carlos Franciscon
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